terça-feira, 19 de maio de 2009

TESTEMUNHO DO PODER DE DEUS EM MINHA VIDA
"Porque Ele é a nossa paz..."
Efésios 2:14
Verdadeiramente não sei como iniciar este testemunho, mas, sei que Deus me ajudará. Pretendo ser direta, mas, não sei a maneira que serei conduzida por Deus para relatar a minha experiência com Ele juntamente com os fatos que me aconteceram diante de Sua presença e quando endureci o meu coração para a pessoa do Senhor Jesus Cristo . Veremos então.
Não consigo lembrar muito de minha infância. As memórias mais claras que tenho foram dos pecados que cometi nesta fase da vida. Dentre estes pecados estava a mentira, o furto, a inveja, os palavrões, o fingimento, a brutalidade, a hipocrisia, o espírito contencioso, a capacidade de manipular pessoas, a masturbação, a injúria, a desonestidade, etc.
Mentia para que meus pais não brigassem comigo quando eu fazia algo errado. Furtei uma pequena boneca e um dinheiro da gaveta de minha avó. Invejava o jeito que minha mãe tratava algumas de minhas irmãs. Fingia ser amiguinha de minha irmã para arrancar dela seus segredos íntimos. Não tinha paciência com minhas irmãs e tornava-me violenta e bruta batendo nelas. Às vezes colocava meu pai contra a minha mãe. Acusava outras pessoas para me defender. Não cumpria minhas responsabilidades de estudo. Mentia de maneira descarada etc.
Antes de conhecer a Cristo, eu era uma pecadora católica. Minha mãe me levava às missas para pagar promessas que ela fazia pela minha saúde. Parece que ela não gostava das missas já que assistir era, na verdade, para ela, um sacrifício. Não tenho nenhuma lembrança de alguma palavra que eu tenha guardado em meu coração de nenhum dos sermões dos padres. Eu era uma religiosa. Eu gostava de rir das pessoas quando ia à igreja. Ficava sempre olhando para os lados. Eu me ajoelhava diante das imagens de escultura e fazia o sinal da cruz, às vezes, até mesmo, para que as pessoas vissem estes meus atos religiosos. Fiz algumas aulas de catecismo visando fazer a primeira comunhão, mas, nunca cheguei até o fim nisso, acho que eu tinha preguiça de decorar as rezas todas.
Costumava imitar a fé de meus pais. Eu fazia promessas, não sei se a Deus através dos “santos”, ou aos “santos” através de Deus, não sei direito, mas, fazia promessas para pagá-las no cemitério se eu alcançasse as bênçãos que eu queria. Às vezes, meu pai fazia questão de me levar ao cemitério, pois ele acreditava muito em um morto que estava enterrado lá. Tratava-se do túmulo de um médico que algumas pessoas relataram ter realizado milagres depois de morto. Então, eu ia acender velas brancas no túmulo dele e rezar várias vezes o terço diante dele de joelhos e de pé. Geralmente rezava olhando para os lados e bem rápido. Não sei como descrever aquele tipo de fé que eu achava que tinha - só sei que era a maneira que eu encontrava pra alcançar o que eu queria.
Os meus pecados de infância me acompanharam até a adolescência, excluindo o furto, pois a boneca que roubei na infância havia me trazido um peso tão grande na consciência que eu não consegui ficar com a boneca e dei para uma prima que nem sabia a origem da mesma.
Ainda na infância, entre 7 e 8 anos de idade, quando eu morava em uma fazenda, conheci um homem que trabalhava para meu pai. Este homem me falava muitas coisas imorais e eu gostava de ouvir. Ele fazia desenhos imorais com pedaço de galho na terra para eu adivinhar o que significava. Olhava-me de uma maneira nojenta e me dava presentinhos. Eu o considerava meu amigo. Deus nunca permitiu que ele tocasse no meu corpo. Louvado seja Deus!
Um vaqueiro da fazenda viu que ele estava conversando muito comigo e falou para minha mãe. Ela me fez falar o que conversávamos e ele foi despedido da fazenda. Fiquei traumatizada. Apenas pensar na possibilidade dele ter tocado em mim já me fazia sentir um profundo ódio dele e mágoa em meu coração. Eu também carreguei este pecado comigo até minha adolescência.
Pouco tempo antes de completar quinze anos de idade, minha mãe aceitou Jesus em uma Igreja Batista localizada no interior do Ceará. Ela batizou-se e, também, uma de minhas irmãs (tenho 4 irmãs).
Minha mãe convidou-me para assistir a um culto em sua igreja e foi ela, minha irmã mais velha e eu. Fui com alguma resistência, mas fui. Lá o pastor pregou um sermão neste estilo: “Arrependa-se antes que seja tarde demais; esta pode ser sua última chance.” Depois de ouvir o sermão, o pastor fez o apelo e dentro de mim eu dizia que ainda não era o momento. Porém, minha irmã levantou a mão, com medo do inferno (isso ela falou pra mim depois de um tempo) o que me estimulou a fazer o mesmo.
Não lembro bem se levantei porque temi desagradar minha mãe, mas, levantei porque minha irmã levantou. Acredito que se ela não tivesse levantado a mão naquele dia, eu também não teria levantado. No final do culto um irmão apertou forte a minha mão e, olhando em meus olhos, disse umas palavras como estas: “Esta foi a melhor escolha que você fez em sua vida”.
Se minha memória não falha, no dia seguinte a esposa do pastor foi onde morávamos para dar início aos estudos bíblicos conosco. Nós decoramos alguns versículos da bíblia, minha irmã e eu, mas, ainda não tínhamos tido uma experiência real com Deus.
Esta igreja ficava no interior do Ceará e viemos morar em Fortaleza, portanto, congregamos pouquíssimo tempo. Nem tenho lembranças de que tenha congregado lá realmente, mas, lembro-me de ter realizado os estudos bíblicos. A esposa do pastor falou sobre o jeito de menina crente se vestir e comecei a me vestir com “roupas de crente”. Aos quinze anos ganhei a minha primeira bíblia e comecei a ler, mas, depois de pouco tempo de ter “aceitado Jesus”, entrei em uma depressão que perdurou por 3 anos.
Eu me sentia muito infeliz e trazia em meu coração muita mágoa e ódio daquele homem que, por pouco, não me havia feito grande mal. Eu dizia ao meu pai, com lágrimas, que eu tinha muita vontade de arrancar pedacinhos dele com uma faca bem afiada de maneira que ele sofresse muito. Meu pai tentava me acalmar, mas, isso era difícil, porque o ódio me machucava muito.
No período da depressão, às vezes, eu nem suportava ouvir a voz da minha mãe e de uma das minhas irmãs. Eu também não havia perdoado a minha mãe por ter me batido quando eu era pequena e brigado comigo por motivos bobos. Também não conseguia amá-la porque eu achava que ela não me amava como amava as minhas outras irmãs. Esta irmã que eu nem suportava a voz era exatamente a que eu considerava a “queridinha” dela.
Conclui o terceiro ano do segundo grau com 16 anos de maneira relapsa e entre muitas crises depressivas. Nem sei como conclui o segundo grau daquele jeito, mas conclui pela graça de Deus.
Eu estava sem perspectivas, meus pais tinham poucas esperanças, mas, oravam por mim. Passaram dois anos e eu continuava na mesma situação: choro, com grito e sem grito, desejo egoísta de tirar a minha vida. Cheguei a pensar em me jogar do prédio onde moro em Fortaleza, mas, eu pensava que se eu ficasse deficiente física eu ia ser mais infeliz ainda. Pensava em cortar os pulsos, mas, também nunca efetuei nada disso. Eu queria muito aparecer, ou seja, chamar a atenção das pessoas. Eu sofria e fazia muitos sofrerem.
Via muita televisão no período noturno. Alimentava a minha alma com filmes de terror e via algumas cenas imorais quando aparecia na televisão. Eu trocava a noite pelo dia. Durante o dia ou dormia ou chorava muito. E a noite eu ficava assistindo televisão e pensando besteira.
Nada me satisfazia. Minha mãe chegava pra mim e perguntava o que eu queria, me oferecia tudo o que podia, mas, nada me fazia feliz. Durante este período fui a vários psicólogos e um psiquiatra, mas, foram pouco úteis.
Os psicólogos me mandavam fazer desenhos e contar as coisas para eles. Só isso. O psiquiatra me encheu de medicamentos inclusive um para dormir, este eu queria tomar, dormir e desejava não acordar mais. Esse médico fumava na minha frente e isso me fazia sonhar fumando. Sonhei fumando várias vezes e durante a depressão experimentei cigarro.
Cheguei a tomar muitos comprimidos de uma só vez, só para chamar atenção. Lembro-me que eu gostava que se preocupassem comigo. Tive umas crises de anorexia, sendo necessário, uma vez, ser internada em um hospital para tomar soro por conta da má alimentação.
Minha vida não tinha razão. A minha irmã que havia levantado a mão na igreja comigo a esta altura distorcia as palavras da bíblia e achava que ela era o seu próprio deus. Ela perdera a fé.
Durante este período namorei um rapaz que conheci na cidade de minha avó. Como eu queria ficar perto dele, sai de Fortaleza e fui morar um período com minha avó no interior. Enfrentei minha família pra namorar ele. Meus pais não eram felizes com esse namoro, mas, para me não contrariar, ficavam quietos porque temiam minhas manipulações relacionadas aos desejos de suicídio.
Meu namoro era carnal, com muitos beijos de língua e amassos. E um dia ele me pediu uma prova de amor.
Minha mãe dizia para minhas irmãs e eu, que quando um homem queria uma prova de amor, ele queria fazer coisas feias conosco. Eu lembrei da minha mãe e perguntei a ele se já não achava grande prova de amor eu ter enfrentado toda a minha família pra namorá-lo. Ele não insistiu mais em pedir esta prova.
Ele também ficava elogiando meus seios (que eu quase nem tenho) porque certamente queria que eu mostrasse, mas, Deus nunca permitiu que eu fizesse uma coisa destas. Deus me livrou de ter perdido a virgindade.
Deus teve muito cuidado comigo, embora eu nem merecesse e embora meu coração estivesse endurecido. Isso é graça abundante. Todos os dias eu saía da casa da minha avó pra namorar este rapaz. Por conta destes beijos e amassos a minha consciência pesou profundamente. Tive crises com choro desesperado por causa deste pecado que me fazia sentir muita falta de paz.
Certa vez perguntei ao rapaz se ele me amava e ele respondeu que sim. Então eu disse: “Se você me ama não encosta mais em mim”. E ele foi obediente.
Eu era tão ruim que o beijava de maneira sensual e quando ele chegava perto me fazia de santa e ele ficava sendo sozinho o ruim da história. Ele chegou até a me presentear com uma aliança e quando meu pai soube que andava com a aliança no dedo as palavras dele foram: “ Manda ela tirar esta porcaria do dedo.”
Para agradar a mãe de meu namorado que era idólatra, cheguei a comprar uma pequena imagem de escultura com imã de geladeira e presentear. Este namoro durou seis meses.
Minha tia, evangélica, que orava para Deus me curar da depressão, teve uma filha. Então, fui para casa dela ajudar a cuidar da criança. A casa dela dividia um quintal com a casa do seu sogro, que é pastor de uma igreja chamada Igreja de Deus do Sétimo dia Pentecostal. Era uma igreja bem pequena e única em todo o mundo.
A filha do pastor tornou-se minha amiga, assim como ele e sua esposa. Eles me convidavam para participar dos cultos e orações, mas, eu tinha preconceito. As mulheres vestiam-se com roupas bem longas e oravam com véu. Além disso, oravam gritando e chorando, falavam línguas estranhas e profetizavam. Eu achava que era um bando de loucos. Mas, eles me tratavam muito bem e insistiam em me chamar para congregar com eles. Então, eu fui amolecendo o coração.
Eles me falavam que os vários remédios que eu tomava é que me faziam ficar mal. Eles diziam que eu tinha que acreditar que Jesus já tinha me curado e deixar os remédios. Então, a esposa do pastor fazia chá de folha de alface pra ver se eu dormia sem comprimidos. Eles não se conformavam com a quantidade de comprimidos que eu tomava.
O pastor começou a pregar o evangelho pra mim e as doutrinas da igreja. Todos os dias ele me ensinava um pouquinho e eu anotava os versículos todos em folhas de caderno.
Quando ele me ensinou o significado do batismo nas águas, eu quis me batizar imediatamente, pois, eu acreditava que quando eu mergulhasse na água meus pecados ficariam nela literalmente e eu sairia de lá limpa por Cristo, nova criatura. O pastor tinha calma quanto a isso, ele queria que eu tivesse certeza do que eu estava fazendo. Mas, eu queria muito me batizar. No tempo que o pastor achou conveniente me batizar, batizou-me e quando os irmãos saiam para evangelizar eu já participava.
O pastor me dava muitas oportunidades pra pregar no culto, embora eu não tivesse nenhuma experiência. Enquanto congreguei lá, fiz várias “campanhas de oração” com os irmãos e comecei a deixar os medicamentos aos poucos.
Retornei à Fortaleza pra uma consulta psiquiátrica e falei ao médico que Jesus havia me libertado. Eu falei muito alegre e ele disse assim: “A depressão é um ciclo, às vezes você está lá em cima e às vezes lá embaixo. Você ainda vai voltar aqui pior do que veio”.
Verdadeiramente, depois destas palavras eu tive uma recaída, mas, Deus me ergueu. Acredito que, em aproximadamente uns três meses, havia deixado todos os medicamentos se não me falha a memória. Todo dia eu quebrava um pedacinho e jogava fora (há 7 anos não tomo mais nenhum comprimido pra depressão).
Nessa igreja recebi profecias que diziam que o rapaz que eu namorava não era a pessoa de Deus pra mim e que Deus tinha pra mim um jovem santo (temente e fiel a Deus). Eu acreditei e decidi que terminaria o namoro. Então, fui a uma livraria evangélica e comprei um presente e um cartão para o rapaz. Escrevi no cartão que havia encontrado um novo amor e esperava que um dia ele também o encontrasse. Falei de Jesus pra ele e terminei tudo por carta.
A essa altura o pastor me chamava de missionária, profetizando isso para a minha vida. Pelo que ele me dizia e por aquilo que eu sentia dentro de mim, acreditava que eu tinha esta missão e gostava muito de ler a bíblia para pregar para as pessoas.
Neste período mesmo estudando quase nada e orando muito, eu prestei vestibular pra enfermagem em uma universidade particular. Nas reuniões de oração com os irmãos recebi palavras de que eu ia conseguir passar no vestibular. O resultado foi que eu não passei, ficara nos classificáveis. Porém continuei orando e recebi uma profecia de uma irmã analfabeta que disse que eu ia conseguir entrar nesse curso. Eu fui realmente chamada e entrei no curso.
Minha mãe alegrou-se muito. Ela conversava com o pastor e dizia que não tinha muita esperança quanto a minha vida, mas, ele dizia que ela ainda iria contemplar o que Deus ia fazer em minha vida.
Retornei para Fortaleza com os costumes da igreja, inclusive os costumes de vestir-me com roupas bem cumpridas. O pastor preferia que eu não congregasse aqui em Fortaleza, pois ele temia que eu pegasse os “costumes mundanos” das igrejas daqui e transgredisse os mandamentos de Deus.
Muitas vezes, em meio a lutas, eu telefonava pra ele chorando e ele me dizia: “irmã se você soubesse o que Deus tem pra você mais adiante... não chore mais...”. Essas palavras eram como um bálsamo derramado em meu coração. Eu então descansava.
Ele realmente não queria que eu congregasse em Fortaleza, mas, uma vez se comoveu tanto com meu choro que disse que a Igreja Assembléia de Deus era uma igreja boa pra eu congregar. Ele não achava a Igreja Adventista uma igreja boa, o que muitos podem achar estranho.
Visitei algumas igrejas tradicionais e pentecostais, mas, eu não congregava em nenhuma. Então, sempre que ia para o interior fazia campanhas de oração e congregava lá.
Certa vez, numa reunião de oração à tarde nessa igreja, eu falei em línguas estranhas. Sentia a minha língua dominada, eu não controlava. Isso durou pouco tempo. Depois disso o pastor começou a dizer que eu era uma profetisa de Deus.
Com o tempo, pequei muito por usar mal as línguas estranhas. Creio que cheguei a profetizar mentiras, em nome de Deus. Mas, eu não enxergava isso. Para mim eu estava muito bem, pois, o pastor sempre dizia que eu era uma menina santa.
Eu sentia que eu estava pecando, mas, ele falava essas palavras e eu tentava me convencer que quem estava errado eram os outros e não eu.
Naquela congregação vivi contendas com alguns irmãos jovens que eu mesma havia conduzido para lá. Vivíamos como em uma competição de quem era o mais usado por Deus. Todos queriam ser os maiores profetas e nem enxergávamos que faltava em nós o amor ao próximo e a compreensão do verdadeiro significado de profetizar.
Hoje sei e assumo que profetizar não é fazer adivinhações sobre o futuro, ou sobre a vida das pessoas, mas, é transmitir a Palavra, a Verdade de Deus com o Espírito de Deus, o Espírito de amor, humildade e justiça.
A esta altura eu já estava precisando ser reevangelizada, voltar ao primeiro amor precisava de um avivamento espiritual, precisava ser inteiramente liberta, mas, eu não percebia isso.
Certo dia, fui a uma livraria evangélica e comprei dois livros um de Leonard Ravenhill : Por que tarda o pleno avivamento? E um de Roger Williams: Adoração - Um tesouro a ser explorado.
Eu nem sabia o que era avivamento, mas, na capa do primeiro livro havia o seguinte comentário: “Nem todos os livros, nem mesmo os bons livros, podem ser considerados uma mensagem do alto. Mas eu creio que este o seja”.
O livro de Ravenhill mexeu muito comigo e recomendo que você leia, principalmente se você deseja ser um pregador do evangelho verdadeiro, pois é uma jóia preciosa de Deus.
O livro falava de muitos homens de Deus e o nome de um avivalista chamou a minha atenção: Charles. G. Finney.
Eu queria ser uma avivalista como o Finney. Queria muito saber sobre a vida deste homem, pois eu queria ganhar tantas almas quanto ele ganhou para Jesus. Então, já em Fortaleza, depois de haver lido os dois livros fui pesquisar na internet sobre esse avivalista Finney.
Eu tinha ambição de ser grande pregadora, mas, era uma ambição pecaminosa, porque eu queria receber alguma glória com isso. Eu queria dar glória a Deus, mas, também queria glória pra mim. Isso nem é possível.
Coloquei no google o nome do Finney e encontrei a biografia dele. No final da biografia havia o e-mail do tradutor, o qual adicionei no meu msn.
Comecei, então, a conversar com o tradutor chamado José Mateus e ele me deu a oportunidade de também conversar com a esposa dele um pouco.
Eu nem havia falado quase nada de minha vida pra ele, mas, ele dizia com muita firmeza que eu precisava “arranjar” a minha vida com Deus urgentemente. Ou seja, eu precisava me reconciliar com Deus.
Parecia que ele conseguia ver o estado da minha alma. Aquelas palavras ficaram remoendo dentro de mim. Eu comecei a perceber o meu estado pecaminoso e a me angustiar muito.
Eu não sabia como me livrar daquela angústia e falta de paz tão grande, então ele me orientou a fazer algo que me ajudaria a dar um passo para um novo recomeço com Deus.
Ele disse que eu precisava me arrepender de meus pecados, mas, que arrependimento resultava em mudança de vida. Eu devia realmente abandonar os meus pecados.
Eu não agüentava mais a minha situação de hipocrisia com Deus. Então pedi a ajuda dele. Então, ele me orientou a fazer duas listas em duas folhas de papel: uma lista faria com o nome de todos os meus pecados que eu havia cometido em toda a minha vida, desde pequena, até aquele momento; e a outra com o nome de todas as pessoas com quem e contra quem eu havia pecado até aquele dia.
Seria impossível resolver meu problema espiritual com Deus sem resolver meus problemas com as pessoas também, pois Deus perdoa-nos assim como perdoamos as outras pessoas (Marcos 11.25; Efésios 4.32; Colossenses 3.13; Mateus 6.12; Mateus 18.21,22; Mateus 6.15; Mateus 18.35; Mateus 22.39).
Depois que fiz as duas listas (tudo isso pela internet), compartilhei com este homem a minha lista de pecados e oramos juntos, ele em Portugal e eu aqui no Brasil e pedimos a Deus que me perdoasse (Tiago 5:16). Eu senti vergonha por expor minha vida daquela maneira, mas, depois eu senti muita paz, pois estávamos realmente na presença de Deus e depois da oração eu estava certa que o Senhor Jesus havia me perdoado.
Na verdade não é vergonhoso confessar pecados com sinceridade de coração, vergonhoso é confessar com hipocrisia e, dessa maneira, permanecer neles. Quando confessei foi com a esperança de que em Cristo não mais tornaria a praticá-los.
Mas, ainda faltava uma lista: a lista das pessoas contra quem pecara e com quem havia pecado.
Eu deveria procurar as pessoas pessoalmente ou, se não fosse possível, deveria enviá-las uma carta ou e-mail, pedindo perdão ou liberando perdão a alguém que eu ainda não havia liberado.
Então, escrevi e-mails, enviei cartas e falei pessoalmente com essas pessoas. Umas das cartas que escrevi foi para o rapaz com o qual eu havia namorado, onde eu admitia meus pecados e pedia perdão por ter sido tão fingida. Pedi perdão ao meu pai e a minha mãe pessoalmente pelas vezes que menti e pelas minhas maldades de criança e adolescente.
O engraçado dessa parte é que quando eu fui pedir perdão a minha mãe ela ficou meio assustada, nem gostou da atitude e disse: “Tu parece que vai é morrer”. Nós não sabíamos, mas, eu realmente estava morrendo para a velha vida de pecado.
Eu não podia mais ser uma crente em Jesus que andava de mãos dadas com o pecado como se isso fosse algo normal. Eu falava mal das pessoas ainda; cobria-me da cabeça aos pés, mas, meu coração ainda era corrompido, cheio de inveja e soberba.
Eu tinha o costume de pecar e pedir perdão a Deus, mas, de maneira hipócrita e repetitiva, sem sinceridade de coração. Eu brincava com a graça de Deus. E isso era algo muito sério.
Depois da confissão dos pecados a Deus e de resolver minha situação com as pessoas, continue fazendo esta lista, a cada dia, e percebi que a lista ia diminuindo dia após dia. E a lista continua diminuindo dia após dia.
Compartilhei esta orientação que tive com algumas pessoas amigas e minhas irmãs. Os que fizeram a listinha, desejando realmente consertar sua vida com Deus, estão muito bem espiritualmente ainda hoje. Os que fizeram só a metade estão mais instáveis aos ataques do inimigo, creio que não estão conseguindo permanecer em santidade.
A minha irmã que achava que ela era o próprio deus dela, quando Deus me curou da depressão e ela viu meu testemunho, se fortaleceu e hoje crê em Cristo. Eu a orientei a fazer também uma lista de seus pecados e creio que ela entendeu a mensagem de reconciliação com Deus. Acredito que também tem buscado viver em santidade com o Pai.
Ninguém deve eximir-se de fazer uma confissão minuciosa de todos os seus pecados. O Senhor Jesus quer tratar de nossa alma com muito amor, pois deseja que nos tornemos a cada dia mais parecidos com Ele. Ele deseja manifestar em nós a eficácia de Sua grande salvação obtida na cruz do calvário. Ele derramou seu sangue para nos salvar dos pecados (Mateus 1:21).
Você aceita que Cristo o salve de seus pecados? Você o aceita como salvador de seus pecados?
Se resposta for sim, então se arrependa. Confesse seus pecados a Cristo e aguarde pacientemente os milagres de libertação e a vitória plena sobre os pecados confessados. Só Deus é capaz de fazer isso na vida de um ser humano. Enquanto existir dureza de coração, estaremos atrapalhando a ação de Deus em nós.
Desde que recebi a palavra da reconciliação acreditei na verdade de que o Senhor Jesus podia me livrar de todo e qualquer tipo de pecado. Cada vitória sobre o pecado, é um milagre que Deus opera em minha vida a vista de todos os que me rodeiam.
Eu venço meus pecados porque os confesso a Cristo, e através desta atitude, mostro que tenho fé nele como o salvador de meus pecados. Depois que confesso algum pecado, já sei que obterei vitória sobre ele, é só uma questão de tempo. Tenho experimentado isso, Deus cuida de mim com muita paciência e me ajuda a vencer todo pecado, porque Ele é o meu salvador.
A minha oração é que você leitor tema a Deus e também busque recomeçar com Deus, se arrependendo por algum dia ter desprezado a graça de Deus e brincado de ser cristão (Hebreus 10:19-39).
Cristo deseja que você experimente a paz que o mundo não pode dar (João 14:27). Essa paz excede todo o entendimento e confirma que o reino de Deus está dentro de você (Filipenses 4:7; Romanos 14:17). Você já possui essa paz meu irmão(a)?
A paz de Deus é um presente que Cristo deseja que você aceite Dele, portanto, amoleça o seu coração para Deus.
Praticamente todos os dias eu abro o meu coração para Deus pedindo para Ele sonda-lo. Sempre que sinto alguma ausência de paz a primeira coisa que faço é examinar a mim mesma para ver se esse problema é conseqüência de algum pecado encoberto. Depois que confesso o pecado, a paz retorna ao meu coração. Faça as listinhas como eu fiz e recomece um novo relacionamento com o Pai e com as outras pessoas.
Eu garanto a você que esta paz que Jesus disse que deixou a nós você vai sentir em seu coração. Ela vai ser a resposta de Deus a essa sua decisão.
O Senhor estendeu Seus braços, doando a si mesmo a nós, tomando a primeira iniciativa de nos reconciliar com Deus, agora temos a chance de dizer um sim ou um não a Ele (2 Coríntios 5:18 e 20).
Experimente a vida na graça de Deus. Experimente a vida em santidade, porque a vontade de Deus é a nossa santificação e sem santidade ninguém verá Deus (Hebreus 12:14).
Debaixo da graça, o pecado não tem domínio sobre você (Romanos 6:14-16). Nunca se esqueça que o Senhor Jesus não só perdoa, ele perdoa e purifica (1 João 1:9).
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” (Mateus 5:8).
Guarde estas palavras em seu coração e obedeça ao nosso Deus. Não viva mais sem a paz que está em Cristo Jesus.

O Senhor Jesus Cristo é o meu libertador.
Nele deposito a minha confiança.
Não temerei se o mal me afligir
Pois o Eterno bem, a PAZ, agora habita em mim.
“Porque Ele é a nossa paz...”, Efésios 2:14.

Que Deus nos abençoe muito!





Um comentário:

  1. EU ACEITEI JESUS HÁ 9 MESES .QUANDO FUI PARA A IGREJA ESTAVA COM SINDROME DO PÂNICO ,SEM VONTADE DE ME ALIMENTAR .A COMIDA ERA EMPURRADA A FORÇA ,POIS EU SABIA QUE MORRERIA SE NÃO ME ALIMENTASSE .ENFIM SEI QUE SE NÃO CORRESSE PARA JESUS CRISTO HOJE NÃO ESTARIA AQUI PARA TESTEMUNHAR .ACHO QUE COM UM MÊS NA CASA DO SENHOR OS SINTOMAS HAVIAM DESAPARECIDO SEM TER TOMADO UM COMPRIMIDO SEQUER .POIS DEUS ME AMA E SÓ ESTAVA ME ESPERANDO DE BRAÇOS ABERTOS PARA ME ACOLHER .MEU MARIDO MESMO VENDO O QUE ACONTECEU COMIGO ELE CONTINUA NÃO ACREDITANDO EM DEUS E FICA PEGANDO NO MEU PÉ PARA QUE EU LARGUE A IGREJA .ELE RECLAMA SE OUÇO LOUVORES EM CASA ,SE LEIO A BIBLIA E SE TENTO EVANGELIZAR ALGUÉM .OU SEJA ELE NÃO QUER JESUS E TAMBÉM NÃO PERMITE QUE EU ACEITE JESUS .HÁ 4 DIAS ATRÁZ ELE ME DISSE QUE SE EU FOSSE PARA A IGREJA ELE ME MANDARIA EMBORA ,SÓ QUE EU NÃO TENHO QUEM FIQUE COM MINHA FILHA E NEM ESTOU TRABALHANDO E NEM TENHO FAMÍLIA PARA FICAR COMIGO E COM MINHA FILHA .ENFIM AMIGA PELA SUA EXPERIÊNCIA COM DEUS EU GOSTARIA DE SABER QUAL É A SUA OPNIÃO .POIS EU QUERO SERVIR A DEUS ,MAIS NÃO TENHO PARA ONDE IR .MEU E-MAIL É rosimeryam@yahoo.com.br .ME RESPONDA POR FAVOR .POIS NÃO VEJO LUZ EM MINHA CAMINHADA E EU FICO MUITO TRITE COM VONTADE DE CHORAR E MUITO ,ATÉ ACABAR A DOR NO MEU PEITO ,POIS NÃO ACEITO A MINHA VIDA ,ESSA DEPENDENCIA DELE QUE ME FAZ ENTRAR EM DEPRESSÃO .ELE ME HULMILHA E MUITO QUANDO DIGO PARA TERMINARMOS ,POIS AS VEZES A DOR É TÃO GRANDE QUE DAR VONTADE DE COLOCAR MINHA FILHA NOS BRAÇOS E BATER NAS PORTAS PARA PEDIR AJUDA .MAIS DEPOIS VEM O MEDO DE A PORTA NÃO SE ABRIR.O MEDO DE MINHA FILHA PASSAR FOME ,ENFIM EU ESTOU DESANIMADA COM MINHA VIDA ,POIS O SENTIMENTO QUE EXISTIA ENTRE NÓS ESTAR MORRENDO TODA VEZ QUE ELE ME OFENDE E FICA DIZENDO QUE VAI ARRUMAR OUTRA MULHER .E EU PENSO NA MINHA FILHINHA QUE É TÃO APEGADA A ELE E ELE ME AMEAÇA PEGAR A GUARDA DELA .ENFIM EU NÃO ACEITO A MINHA VIDA COMO ESTAR .

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